PONTA PORÃ LINHA DO TEMPO| Memória histórica e cultural. Ponta Porã, ponto de parada de tropeiros, negociantes de erva mate e comboios de bois
Em busca de um ideal, através de lutas e dificuldade muitos realizam seus sonhos, tal conquista não é fácil, e por vezes tende aparecer à desistência em sua mente, mas quem insiste consegue consumar e realizar esse sonho. Yhulds Bueno
Erva mate também conhecida na região de fronteira como (ouro verde). Recebeu O nome científico Ilex paraguariensis que foi dado em 1820 pelo botânico francês Auguste de Saint-Hilaire, depois de entrar em contato com a planta no Paraguai. Aprofundando-se em suas pesquisas da origem da planta, descobriu que era na região do Paraná que a erva crescia em maior quantidade e qualidade, em seus registros ele se retratou dizendo que deveria tê-la nomeado Ilex brasiliensis.
Os nativos guaranis da região nordeste da Argentina parecem ter sido os descobridores do uso da erva-mate. No século XVI (16) os guaranis passaram este conhecimento aos colonizadores espanhóis, que o disseminaram por todo o Vice-Reino do Rio da Prata. Ver mate chegou a ser proibida no sul do Brasil durante o século XVI, pois a mesma era considerada "erva do diabo" pelos padres jesuítas das reduções do Guayrá. A partir do século XVI, no entanto, os jesuítas passaram a incentivar o seu uso pelos índios com o objetivo de afastá-los das bebidas alcoólicas.
| Foto da década de 1930 da família de Francisco Rodrigues, acervo de Carlos Morel. Fazenda Emboscada localizada na região fronteiriça de Ponta Porã neta época, hoje município de Aral Moreira. |
Com o fim da Guerra da Tríplice Aliança a exploração e produção da erva mate cresceu atraindo aqueles que aqui se fixaram, para iniciar sua produção ervateira, esta região neste período da formação histórica fronteiriça serviam como parada de tropeiros e viajantes, esses oriundos principalmente do sul e de outros países que visualizavam oportunidades principalmente na exploração de erva mate entre outras riquezas minerais existentes.
| Fonte: Imagem da web. Vista aérea da Laguna Porã, década de 50. |
Juntamente com a exploração da erva mate paralelamente a criação de boi (gado) se firmava na região e os negócios eram realizados as margens da Laguna Porã (PY), nas proximidades das três figueiras (onde se localiza o prédio da prefeitura Municipal de Ponta Porã - BR).
| Arcevo do autor. Fonte livro Aral Moreira e Juvenal Fróes os caminhos da erva mate na fronteira Sul-Mato-Grossense. Carretas que faziam o transporte de erva mate. |
No inicio da formação das fazendas na região, época nada fácil para quem se aventurou por estas terras vastas e misteriosas, que antes da divisão política dos estados brasileiros era composto pelos estados de Rondônia, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, essa imensidão territorial estava longe dos grandes centros já em formação no Brasil.
“Começam a chegar a Mato Grosso as comitivas do Rio Grande do sul, as causas dessa epopeia. Terminada a guerra do Paraguai, em 1870, a zona sul de Mato Grosso se tornara conhecida pelos componentes da coluna do general Câmara, que operou nas cordilheiras de Amambaí e Maracaju, na sua fase final. Feita a desmobilização, os que regressaram à sua província natal Rio Grande do Sul levaram a notícia de que aqui existiam campos devolutos, próprios para criação de gado, e imensas matas virgens, onde se encontrava a erva-mate nativa.” ELPIDIO REIS, Ponta Porã Polca, churrasco e chimarrão, Rio, 1981. Pág. 49.
Muitos acordos foram realizados nestes tempos, que serviram para alavancar o desenvolvimento econômico da região, erva mate o produto principal que movimentava o setor produtivo da economia local, era transportado às toneladas.
O desenvolvimento de uma região é necessário para que o progresso chegue, e com ele venha às novidades de novas tecnologias, para seguir amenizando as dificuldades do inicio da colonização, que os pioneiros tiveram que vencer para construir o seu sonho com sangue, suor e lagrimas na formação da região fronteiriça.
Quando uma pessoa visita uma cidade já formada com suas Ruas, Avenidas, Bairros e Vilas e novas frentes de trabalho, o comercio ativo, a industrialização, escolas, hospitais, não conhece histórico das dificuldades que o município enfrentou para se crescer ao longo das décadas.
A economia seja ela gerado com a produção de grãos no campo, ou pela indústria alavanca o crescimento de uma cidade de uma região, ajudado no seu desenvolvimento sócio, político econômico e cultural, pois uma nova cidade prospera que incentiva quem acredita no seu potencial, serve de atrativo a novos migrantes, emigrantes e imigrantes de varias partes do país e do mundo, que junto com seu interesse em investir também traz sua cultura e costume que se misturam com os já existentes.
Hoje as novas gerações desconhecem a história de criação de seu município, como o mesmo surgiu, muitas vezes pode se dizer que desconhece sua própria história, sua origem, como seus ancestrais pioneiros em seu tempo vieram e se instalaram nesta região, dando continuidade a sua família, contribuindo para o crescimento e desenvolvimento da cidade.
Rememorar fatos históricos e homenagear os pioneiros em seu tempo, e proporcionar as novas e futuras gerações o conhecimento de suas origens. Aos bravos em seu tempo o agradecimento por sua coragem.
Pesquisa: Prof. Me. Yhulds G. P. Bueno. Desde 1993 auando na docência da
Rede Pública e Privada. Formado em Educação Física, Formação Pedagógica e
Licenciatura em História. Mestre em Desenvolvimento Regional e de Sistemas
Produtivos; Pós-Graduado em Metodologia do Ensino de História e Geografia;
Pós-graduado: Docência em Biblioteconomia; Pós-Graduado: Ensino de História.
Membro associado do Rotary Club Ponta Porã Pedro Juan Caballero Guarani –
Distrito 4470

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