quarta-feira, 8 de julho de 2015

Ponta Porã Linha do Tempo: “CASTELINHO” Retratos de uma história. Símbolo material da memória histórica, política e cultural de Ponta Porã e região fronteiriça.


*Yhulds Giovani Pereira Bueno


“Sem cultura moral não haverá nenhuma saída pra os homens” (Albert Eisten).


Foto de Albert Braud, meados da década de 20 séc. XX. Construção do castelinho foi financiada pela Cia Mate Larangeiras, famoso prédio histórico localizado na cidade de Ponta Porã MS próximo à antiga Estação da NOB-Noroeste do Brasil.

O castelinho é um prédio histórico da região fronteiriça, localizado na cidade de Ponta Porã, Mato Grosso do sul, construído na década de 20 para abrigar o governo do novo Território Federal de Ponta Porã, um território federal brasileiro, em 13 de setembro de 1943, conforme o Decreto-lei n.º 5 812, do governo de Getúlio Vargas, o território foi extinto em 18 de setembro de 1946 pela Constituição de 1946, e reincorporado ao então estado de Mato Grosso. Vale ressaltar que seu governador durante os três anos de existência do Território de Ponta Porã foi o Militar Ramiro Noronha.
Com o fim do Território Federal, o castelinho passou a ser utilizado como quartel e (cadeia), para abrigar os prisioneiros da região fronteiriça, que futuramente dependendo do grau de periculosidade eram encaminhados nesses tempos para a Capital Cuiabá ou a cidade de Campo Grande.


Foto arquivo pessoal de Luiz Alfredo Marques Magalhães, publicado no livro Um Homem de Seu Tempo 2011. Membros do Aero Clube de Ponta Porã, ao fundo o castelinho. 1945.


Foto de Albert Braud 1926. Arquivo pessoal de Luiz Alfredo Marques Magalhães, publicado no livro Um Homem de Seu Tempo 2011. Obra da CIA. Mate Laranjeira. Consta que o prédio foi utilizado pelo antigo Ginásio São Francisco (escola de ensino fundamental neste período histórico) nas décadas de 50 e 60.


Para quem não conhece o local desta magnifica estrutura e tem curiosidade, o castelinho fica no bairro Noroeste perto ao antigo prédio reformado da estação ferroviária onde hoje e instalada a SEJUL e FUNDAC, o castelinho cuja construção foi épica em seu tempo para fronteira, pois seu estilo e imponência se destacavam, recebeu figuras importantes da sociedade fronteiriça e política da época, como também e conhecida por suas ricas lendas que envolvem o local, hoje o castelinho se encontra com sua estrutura praticamente toda comprometida se deteriorando consumida pelo tempo.

Foto arquivo de Andreia Moreno: imagem do castelinho dias atuais, professor pesquisador Yhulds Bueno em visita ao local histórico. Parte frontal e guarita.


Foto arquivo de Andreia Moreno: imagem do castelinho dias atuais, professor pesquisador Yhulds Bueno em visita ao local histórico, estrutura clássica que mantem ainda mesmo que o tempo contribua para o desgaste o Brasão Federal e o Brasão de Armas em sua fachada.


Foto arquivo de Andreia Moreno: imagem do castelinho dias atuais, professor pesquisador Yhulds Bueno em visita ao local histórico, reforço de grades que comprovam que este local foi utilizado como cadeia em outros tempos.


Foto arquivo de Andreia Moreno: imagem do castelinho dias atuais, professor pesquisador Yhulds Bueno em visita ao local histórico, parte dos fundos do prédio em destaque o muro reforçado de proteção e o segundo piso sacada superior do castelinho, que proporcionava uma visão privilegiada de parte da cidade.

Existe um movimento que vem tomando corpo de entidades publicas privada e política em prol da restauração do castelinho e transformação do mesmo em um museu esta sendo viabilizado projeto para que isso ocorra o mais breve possível, algo que eu já tinha comentado em um artigo por mim publicado em 2013, sobre a necessidade de uma preservação deste prédio, que é um patrimônio importante para a cultura e memória da fronteira, uma ação conjunta possibilitará que o sonho se torne real.

Relembrar fatos históricos que de alguma maneira contribuíram para o desenvolvimento de uma região em seu tempo e proporcionar aos cidadãos o conhecimento de acontecimentos épicos que marcaram uma geração.





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