Ponta Porã Linha do Tempo. Arquivo pessoal de Nilza Terezinha: Foto do acervo de seu pai Itrio Araújo dos Santos conhecido como (cabo Itrio), que serviu no 11º Regimento de Cavalaria na cidade de Ponta Porã, Cabo Itrio era um admirador da arte de tirar fotos, desta forma ao longo dos anos ele agregou ao seu acervo centenas de ricas imagens da região de fronteira. Esta imagem da região do maemi fazenda na proximidades década de 40.
quinta-feira, 20 de novembro de 2014
sexta-feira, 14 de novembro de 2014
cavalaria do 11º RC PP
Ponta Porã Linha do Tempo. Arquivo pessoal de Nilza Terezinha: Foto do acervo de seu pai Itrio Araújo dos Santos conhecido como (cabo Itrio), que serviu no 11º Regimento de Cavalaria na cidade de Ponta Porã, Cabo Itrio era um admirador da arte de tirar fotos, desta forma ao longo dos anos ele agregou ao seu acervo centenas de ricas imagens da região de fronteira. Imagem de soldados cavalerianos ( cavalaria do 11º RC PP) se preparando em formação dentro das dependências do quartel do 11º RC, para realizar o patrulhamento de fronteira com o apoio da patrulha do esquadrão mecanizado formados por jeep da época, década de 40.
Patrulha mecanizada do 11º RC PP
Ponta Porã Linha do Tempo. Arquivo pessoal de Nilza Terezinha: Foto do acervo de seu pai Itrio Araújo dos Santos conhecido como (cabo Itrio), que serviu no 11º Regimento de Cavalaria na cidade de Ponta Porã, Cabo Itrio era um admirador da arte de tirar fotos, desta forma ao longo dos anos ele agregou ao seu acervo centenas de ricas imagens da região de fronteira. Imagem de soldados do 11º RC PP se preparando para realizar o patrulhamento de fronteira com o jeep da época, década de 40.
Desfile cívico Ponta Porã MS
Ponta Porã Linha do Tempo. Arquivo pessoal de Nilza Terezinha: Foto desfile cívico em Ponta Porã nesta imagem em destaque a gaiteira NIlza Terezinha no canto esquerdo da imagem o radialista voz inconfundível da comunicação da fronteira Jarbas Pereira de bigode ao fundo da imagem Miguel Jaime do Nascimento, década de 80.
Grupo adulto CTG Querência da Saudade Ponta Porã MS
Ponta Porã Linha do Tempo. Arquivo pessoal de Nilza Terezinha: Foto do grupo adulto na sede campestre do CTG Querência da Saudade em Ponta Porã MS. Evento jantar dançante com apresentação da invernada do CTG. A gaiteira Nilza Terezinha fazia parte do grupo vocal do clube, o único CTG do estado que tinha uma gaiteira, posteiro da época Lelo, década de 80.
quinta-feira, 13 de novembro de 2014
PE Polícia do Exercito nas dependências do 11º RC
Ponta Porã Linha do Tempo. Arquivo pessoal de Nilza Terezinha: Foto do acervo de seu pai Itrio Araújo dos Santos conhecido como (cabo Itrio), que serviu no 11º Regimento de Cavalaria na cidade de Ponta Porã, Cabo Itrio era um admirador da arte de tirar fotos, desta forma ao longo dos anos ele agregou ao seu acervo centenas de ricas imagens da região de fronteira. Imagem de soldados do 11º RC PP realizando instrução e treinamento da PE Polícia do Exercito nas dependências do 11º RC fim da década de 40.
Sobrevivência na Selva 11º RC
Ponta Porã Linha do Tempo. Arquivo pessoal de Nilza Terezinha: Foto do acervo de seu pai Itrio Araújo dos Santos conhecido como (cabo Itrio), que serviu no 11º Regimento de Cavalaria na cidade de Ponta Porã, Cabo Itrio era um admirador da arte de tirar fotos, desta forma ao longo dos anos ele agregou ao seu acervo centenas de ricas imagens da região de fronteira. Imagem de soldados do 11º RC PP realizando instrução e treinamento de sobrevivência na selva década de 40.
Soldados do 11º RC Ponta Porã.
Ponta Porã Linha do Tempo. Arquivo pessoal de Nilza Terezinha: Foto do acervo de seu pai Itrio Araújo dos Santos conhecido como (cabo Itrio), que serviu no 11º Regimento de Cavalaria na cidade de Ponta Porã, Cabo Itrio era um admirador da arte de tirar fotos, desta forma ao longo dos anos ele agregou ao seu acervo centenas de ricas imagens da região de fronteira. Imagem de soldados do 11º RC PP realizando instrução e treinamento de tiro década de 40.
11º RC - Regimento de Cavalaria de Ponta Porã-MS
Arquivo pessoal de Nilza Terezinha: Foto do acervo de seu pai Itrio Araújo dos Santos conhecido como (cabo Itrio), que serviu no 11º Regimento de Cavalaria na cidade de Ponta Porã, Cabo Itrio era um admirador da arte de tirar fotos, desta forma ao longo dos anos ele agregou ao seu acervo centenas de ricas imagens da região de fronteira. Imagem do 11º RC década de 40 ticas nela estão autoridades políticas e do exercito brasileiro.
terça-feira, 11 de novembro de 2014
Ponta Porã Linha do Tempo. Causos e lendas do folclore da fronteira de outros tempos. “Jacy Jaterê o Tesouro e o Pé de Erva-Mate”.
*Yhulds Giovani Pereira
Bueno.
Causos e lendas fazem
parte do imaginário dos seres humanos de várias raças e etnias, desde que estas
habitam o mundo, com suas crenças e ritos. Tais histórias regadas de muito
mistério e superstições se espalham através dos tempos provocando, intrigando
quem as escuta, tem aquele que até afirma que presenciou tais acontecimentos,
que nos dias de hoje seria fora do comum.
A mente humana é cheia
de segredos, ainda não muito claros e totalmente resolvidos nos meios
científicos, estudiosos e Phd nos assuntos, afirmam que o cérebro humano possui
capacidades ilimitadas ainda desconhecidas na atualidade.
Uma reportagem publicada na revista veja há alguns anos
aborda o seguinte assunto: “Pesquisadores do Instituto Karolinska, na Suécia, fizeram a
descoberta através da análise de uma ressonância cerebral computadorizada.
Vinte e cinco pacientes com saúde perfeita foram submetidos ao teste, que mediu
quantas informações eles absorviam enquanto sofriam com algumas distrações.
Descobriu-se que as informações de menor relevância despertavam a atividade dos
gânglios basais, que se preparava para "filtrar" essas mensagens. O
funcionamento dessa área varia de pessoa para pessoa, observação dos médicos
suecos permite afirmar que as pessoas não têm melhor ou pior memória, mas sim
melhor ou pior capacidade de filtrar o que é irrelevante” 10.12.2007. Fonte de
informações, pravda.ru.
Pesquisas ainda serão
feitas sobre os segredos da mente humana e nosso imaginário, para desta forma
tentar explicar acontecimentos fora do comum cheios de mistérios, o que vale
ressaltar é que graças a nossa mente, que muitos assuntos, que para uns se
tornam irrelevantes, tais assuntos para muitos se tornam causos e lendas e
atravessam gerações instigando de forma positiva a curiosidade dentro do
imaginário humano.
Desta forma vamos resgatar uma
entre tantas lendas e causos da região fronteiriça que a muito se faz esquecida
na atualidade, que fala sobre o Jaci Jaterê, que segundo
pesquisadores, (também grafado como Jasy Jaterê em
Guarani e Yasy Yateré em
espanhol). “É o nome de uma importante figura da Mitologia Guarani.
Um dos
sete filhos de Tau e Kerana, as lendas de Yacy
Yateré, são das mais
importantes da cultura das populações que falam o idioma Guarani, na América do Sul.
Tem sua
origem segundo pesquisadores, presumida entre os indígenas da Região das
Missões, no sul do país, de onde teria se espalhado por todo o território
brasileiro”.
Com um
nome que significa literalmente (pedaço da Lua), é único dentre os
seus irmãos a não possuir uma aparência monstruosa, horrenda. É descrito como uma
criança, loira de pele branca, com olhos azuis, uma criatura bela ou
encantadora, e carrega um bastão ou cajado mágico feito de galho de erva mate,
habitante da mata, sendo considerado ele “Jacy Jaterê” o protetor da Erva Mate, também é visto como protetor dos tesouros escondidos nas matas.
Jacy Jaterê, segundo pesquisadores, também é considerado o senhor da
sesta, o tradicional descanso ao meio do dia, habitual na cultura
latino-americana, muito utilizada também na região fronteiriça. Segunda a lenda
Jacy Jaterê deixa a floresta e percorre as vilas procurando por crianças que não
descansam durante a sesta.
Por ser ele um ser
místico ele é invisível, e só se mostra a essas crianças, que quando observam seu
cajado mágico ficam hipnotizadas em uma espécie de transe, algumas lendas dizem
que essas crianças são levadas para um local secreto da floresta, onde brincam
até o fim da sesta, quando recebem um beijo mágico, que as devolve a suas camas, sem
memória da experiência ocorrida, outra lenda diz que as crianças são levadas
por ele e ficam dias na mata brincando e sendo alimentadas, umas nunca mais são
encontradas.
Este é um causo muito antigo, reporta
a meados do fim do século XIX (dezenove), do pós-guerra do Tríplice Aliança, que
fala sobre “Jacy Jaterê”, de uma fronteira, de poucas casas e muitas estâncias,
um período histórico onde a vida era simples de rotina árdua nestes tempos, de
poucos recursos, tudo era feito no trabalho braçal, pelos trabalhadores rurais
destes tempos, nada era fácil, a conquista do sonho de uma vida melhor era
feito com suor, sangue e lágrimas, por estes pioneiros que desbravaram a região
de fronteira, ninguém escapava das tarefas diárias, crianças, mulheres, homens
e idosos, cada um tinha seu papel de importância na rotina do campo.
Os trabalhos iniciavam antes do
clarear do dia, todos já sabiam seus afazeres, e como de costume, o filho do
estancieiro era incumbido de ir até um riacho que ficava dentro da propriedade,
e de lá trazer os baldes de água, o menino fazia algumas viagens para encher os
reservatórios da sede da estância, passava praticamente a manhã realizando este
trabalho com uma pequena carroça e um cavalo velho, ele enchia os baldes,
colocava na carroça e levava para sua casa, onde a sua mãe já esperava,
enquanto o restante estava no campo plantando, desmatando e outros cuidando do
rebanho e demais animais, o desmatamento se fazia necessário nesses tempos para
fazer novos campos de plantio.
Os moradores mais antigos da
região muitos deles ligados a algumas tribos que ainda existiam nesse período
tinham suas crenças, que muitas vezes eram ignoradas pelos novos colonos que
vindo de outros cantos do Brasil desconheciam tais assuntos, fora do comum.
O filho do estancieiro sempre que
voltava do riacho, contava a sua mãe que enxergava um menino, que ficava observando
ele pegar água, descrevia o tal menino como sendo de pele branca, loiro de
olhos claros que tinha um bastão na mão, que se escondia na mata ou ficava na
beira do riacho, e que ele estava com medo de tal criatura, a mãe cética de tal
história sempre repreendia o filho, dizendo que o mesmo estava inventando causo
para não ir pegar a água no riacho que fica a algumas legas de distância, já
seu pai homem rustico do campo de poucas palavras, ao saber retrucava o menino,
às vezes com uma boa surra, para que o mesmo não inventasse história, para
deixar de trabalhar.
Segundo o causo o menino como
toda criança, que tem certo medo misturado com muita curiosidade, começou a
espiar a tal criatura em forma de criança quando ia ao riacho, de mansinho
observando que direção ela seguia, com muito medo, mas também com muita
curiosidade seguia vez ou outra o menino loiro que sempre parava perto de árvores
vistosas bonitas de flor branca, com medo ele não seguia tão longe e voltava ao
riacho para terminar de encher os baldes de água.
Já cansado de querer convencer
seus pais da existência do menino, contou aos moradores mais antigos da região
que trabalhavam na estância, que logo foram alertando não incomode e nem chegue
perto, pois você viu o “Jacy Jaterê” o espirito do mato, ele deve estar cuidando
alguma coisa muito importante naquele lugar, o menino como sempre escutou nas
rodas de conversa sobre os tesouros enterrados da guerra ficou mais curioso
ainda, achando que o “Jacy Jaterê” poderia estar cuidando algum tesouro.
Ao clarear do dia o menino seguiu
sua rotina intrigado com tal história, chegando ao riacho ficou observando se o
tal “Jacy Jaterê” aparecia, como o tal espirito do mato não apareceu o menino
se foi atrás, seguindo até o lugar das árvores de flor branca, observou que o
menino loiro brincava com uma grande caixa brilhante e que de dentro dela
tirava moedas amarelas e acinzentadas e pedras coloridas, que brilhavam ao sol.
O filho do estancieiro ficou tão vislumbrado
com que observou que rapidamente voltou para casa, e contou o ocorrido a sua
mãe, que com desdém pouco crédito deu a história do filho, mas tarde o menino
contou toda história a quem quisesse escutar na estância, os empregados
novamente alertaram o menino, dizendo para ele não mexer com tal espirito, pois
ele poderia se zangar e se voltar contra todos na estância, por que o local
onde o “Jacy Jaterê” se escondia era um lugar sagrado de grandes pés de Erva
Mate com flores brancas, essas árvores já eram nativas da mata por serem muito
antigas, e que tal caixa deveria ser um achado ou enterro da guerra, um baú com
muito ouro, prata e pedras preciosas, que o espírito protegia e tinha como seu,
e se alguém se atrevesse a tentar pegar “Jacy Jaterê” se vingaria de todos com
ajuda de seus irmãos.
O menino com medo, mas com vontade
de ter em suas mãos tal tesouro voltou ao tal local, e roubou o baú de “Jacy
Jaterê”, voltando pra sua casa, sendo recebido por todos como um herói por ter
achado tal tesouro, o menino com medo do que poderia acontecer pediu para seu
pai derrubar tais pés de Erva Mate, desmatando todo local, desta forma
afugentando o espírito de “Jacy Jaterê”.
Os anos se passaram, o menino
cresceu, casou–se e teve um lindo filho que era o herdeiro de sua rica estância,
certa manhã o estancieiro fora acordado, com os gritos de choro de sua esposa,
que aos lamentos pedia a volta de seu bebe, pois a criança tinha sumido do
berço, e dentro do berço somente e tinha duas mudas de Erva Mate.
Por dias procuraram a criança,
mas sem sucesso, os antigos diziam fora o espirito da mata “Jacy Jaterê” que
levou o filho do estancieiro para se vingar do que ele tinha feito no passado.
Ficando esse mais um causo da região de fronteira.
Muitos acreditam que o espirito
de “Jacy Jaterê” ronda as matas da região fronteiriça, a quem dúvida de tal
criatura, mas não entra nas matas evitando se deparar com este espírito da mata.
Resgatar causos e lendas e manter
vivo a memória cultural dos pioneiros de outros tempos da região de fronteira.
Pesquisador:
Yhulds Giovani Pereira Bueno. Professor de qualificação profissional, gestão e
logística (Programas Estaduais e Federais). Professor coordenador da Rede
Municipal de Educação. Membro do Grupo Xiru do CTG – Querência da Saudade –
Ponta Porã – MS.
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